PORQUE DEVEMOS NOS DESINTOXICAR
Nunca na história da humanidade, estivemos expostos a tantos fatores agressores como estamos agora.
A poluição ocorre em vários níveis, desde os mais densos como os produtos químicos (conservantes, agrotóxicos, metais pesados, medicamentos, etc), microorganismos (bactérias, fungos, vírus) até os mais sutis como as radiações (eletromagnéticas, ionizantes).
O nosso corpo até certo ponto consegue se defender destes fatores agressores, pois temos uma função de auto-equilíbrio (homeostase). Mas isso tem um limite, a partir do qual começamos a adoecer, isto é, nosso organismo começa a dar sinais de algo não vai bem e que precisamos mudar alguma coisa.
Estes agentes que nos intoxicam podem entrar em nosso corpo basicamente por três vias, pela pele, pela respiração e pela alimentação. Neste artigo vou abordar a alimentação.
Não há saúde sem uma alimentação adequada a cada biotipo, isto significa que nem sempre o que gostamos de comer, é o que nos faz bem.
Todo alimento possui basicamente duas propriedades uma energética e outra material.
A característica energética nos informa, por exemplo, se um alimento nos aquece (gengibre) ou nos refresca (abacaxi, melancia). Se atua tem tropismo por algum órgão (raízes e o rim). Estas propriedades dos alimentos são bem estudas na Medicina Chinesa e quase desconhecidas da Medicina Ocidental.
A parte mais material (proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas e sais minerais), são bem conhecidas por todos nós e a elas vamos nos ater um pouco mais.
De uma forma bem simplificada, tudo que comemos tem que ser quebrado (digerido) em particulares menores, para que possam ser utilizadas por nosso corpo ou para gerar energia ou para produzir ou reparar tecidos. Proteínas são quebradas em aminoácidos, gorduras em ácidos graxos e carboidratos em açucares simples.
Todo este material vai ser absorvido em grande parte no intestino delgado. E aqui começam nossos problemas.
A mucosa que reveste os intestinos, no seu estado saudável, deveria ser integra, como uma tela com micro poros, que permitisse a passagem apenas de micro partículas e bloqueasse as macromoléculas. Mas esta mucosa é diariamente agredida por metais pesados, agrotóxicos, pesticidas, conservantes, medicamentos químicos, alimentos inadequados ao nosso biotipo. Esta agressão produz fissuras nesta mucosa, que por sua vez fica mais permeável e perde sua capacidade de filtro seletivo.
Como esta mucosa tem contato direto com a micro circulação, começamos a absorver substancias inadequadas ao nosso funcionamento.
Não bastasse isto, as bactérias, fungos e outros microorganismos que formam nossa floral intestinal, também são afetadas por estes mesmos fatores agressores, e entram em desarmonia, deixando de ser benéficas e passando a patogênicas.
Hoje sabemos que o intestino é o maior produtor de serotonina que temos. A serotonina é um neurotransmissor que esta associado a nosso sentimento de prazer e bem estar. Encontra-se muito diminuído nas depressões. Do meu ponto de vista, uma das principais causas desta “epidemia” de depressão que estamos assistindo nos últimos anos, esta associada a estas alterações ao nível intestinal, e não puramente a fatores emocionais.
Bem, e como fazemos para o problema?
Não existe uma terapêutica única, que possa resolver todo o processo. Penso que a primeira providencia a tomar, é eliminar o máximo possível destes fatores que estão agredindo a mucosa intestinal. Em minha clínica uso medicamentos fitoterápicos (plantas), que funcionam de forma eficaz e ecológica, sem lesar o organismo. É uma terapia de baixo custo e muito bem aceita pelos pacientes. Outras formas seriam a hidrocolon terapia, recente aqui no Brasil e a quelação, que é utilizada na terapia ortomolecular.
Depois temos que oferecer ao organismo, alimentos prebióticos, para que a flora intestinal seja recuperada ao seu estado de equilíbrio.
Neste meio tempo temos que identificar os alimentos que nos fazem mal e os que são bons. Aqui também existem algumas técnicas para identificá-los. Na minha pratica utilizo o teste de resistência muscular (O Ring Test), que é feito na própria consulta, e tem resultados bastante confiáveis. Mas também podem ser usados exames laboratoriais para identificar intolerâncias ou alergias alimentares.
E por em alguns casos se faz necessária a reposição de algumas vitaminas ou sais minerais, que após esta limpeza do organismo, podem ser usados em pequenas quantidades, pois vão ser melhor absorvidos pela mucosa intestinal.
Embora este artigo seja bem resumido, minha intenção é despertar nas pessoas a idéia de agir preventivamente. Não esperar que surja uma doença para ir ao médico. Penso que 80% das nossas doenças crônicas degenerativas como (artrite, artrose, colesterol aumentado, aterosclerose, stress, cansaço excessivo, envelhecimento precoce, insônia, menopausa, depressão, falta de concentração, alergias, constipação, obesidade, lesões de pele, falta de energia, imunidade diminuída, processos inflamatórios, etc) têm inicio ou são mantidas por esta “intoxicação crônica” a que somos submetidos diariamente.
Dr Fábio Miranda Pisani
Acupuntura, Fitoterapia, Homeopatia
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