Este Blog visa postar temas sobre medicinas ditas "Alternativas" como a Acupuntura, Homeopatia, Fitoterapia entre outras. Todo post será sempre "UM" ponto de vista, não "O" ponto de vista. O que é verdade hoje, pode não ser amanhã, como a ciência nos mostra muitas vezes. As trocas de idéias são boas quando nos fazem evoluir.
28 novembro, 2013
Vitamina D
Nos últimos 5 anos a vitamina D ficou “famosa” e tem sido objeto de vários estudos que justificam esta fama repentina.
A vitamina D existe em 2 formas principais: o colecalciferol e o calcitriol. Na verdade um fato que poucos conhecem é que o colecalciferol é a vitamina D propriamente dita, mas o calcitriol comporta-se como um hormônio. Alguns pesquisadores para descrever melhor a vitamina D, já falam de um complexo D a exemplo do complexo B.
Os estudos mostram que para a nossa saúde o calcitriol é mais importante para que o colecalciferol, pois ele faz funcionar 10% de todos os genes que possuímos, ao passo que o colecalciferol inibe estes mesmos genes. Resumindo o calcitriol é um imunomodulador e o colecalciferol é imunossupressor.
Valores baixos de colecalciferol pode não ser sinal de carência de vitamina D, mas podem indicar uma doença autoimune em evolução e ou uma infecção crônica (subclínica) que podem estar desregulando o metabolismo intracelular da vitamina D levando a uma diminuição da imunidade por alterações dos macrófagos e linfócitos (células de defesa).
Se tivermos níveis muito baixos de colecalciferol e altos níveis de calcitriol podemos estar diante de um doença autoimune, reumatismo ou esclerose múltipla por exemplo. Se apenas suplementarmos com colecalciferol, podemos estar apenas tratando os sintomas e deixando a doença de base evoluir. Mais um motivo para não usar vitaminas sem orientação profissional adequada. É importante entender aqui que baixos níveis de vitamina D pode não ser carência dela, mas pode estar indicando que uma patologia mais grave esteja consumindo quantidades maiores de vitamina.
Para nós médicos fica a lição de que devemos pedir a dosagem de calcitriol e não apenas do colecalciferol.
Outro uso importante da vitamina D é para o tratamento e prevenção da osteoporose. Normalmente usávamos o colecalciferol, que agora sabemos, pode até piorar a osteoporose pois estimula a ação dos osteoclastos. Osteoporose pode ser melhor tratada usando-se cálcio, magnésio, boro, vitamina K entre outros nutrientes.
Com níveis muito baixos de vitamina D por longos períodos teremos aumento do risco de câncer, doenças cardiovasculares, doenças reumáticas, diabetes tipo 2, AVC, Alzheimer e inúmeras outras patologias.
Por outro lado níveis elevados de vitamina D por longos períodos podem elevar risco de câncer de próstata, esôfago, estomago e pâncreas.
Dr. Fabio Pisani
CRM: 43711
Medicina Ortomolecular I Acupuntura Médica I Fitoterapia
R Dr. Vieira Bueno, 142, Cambuí
Campinas, SP, CEP 13024-040
Fones Clínica: 19 3254-4012 e 19 3254-0747
Emails: drfabiopisani@hotmail.com I fpisani@uol.com.br I pisani.fabio@gmail.com
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24 novembro, 2013
O Colesterol não é o vilão das Doenças Cardiovasculares
Artigo perfeito!!!Felizmente estamos descobrindo o verdadeiro vilão a “inflamação silenciosa", que é a base de quase todas as patologias crônico degenerativas. Recomendo que leiam e se acharem adequado enviem para amigos e familiares. É um texto longo mas muito bem escrito pelo Dr Lundell.
Nós médicos, com todo o nosso treinamento, conhecimento e autoridade, frequentemente adquirimos um ego bastante grande que tende a tornar difícil admitirmos que estamos errados. Então, aqui vai. Eu admito abertamente estar errado. Como cirurgião cardíaco com 25 anos de experiência, tendo feito mais de 5000 cirurgias de coração aberto, hoje é o meu dia de corrigir o malfeito com fatos médicos e científicos.
Treinei por muitos anos com outros médicos proeminentes rotulados "formadores de opinião". Bombardeado com literatura científica, continuamente assistindo seminários, nós formadores de opinião insistimos que a doença cardíaca resultava do simples fato de colesterol sanguíneo elevado.
A única terapia aceita era prescrever medicações que abaixam o colesterol e uma dieta que restringe severamente a ingesta. A segunda parte, é claro, insistíamos que iria baixar o colesterol e a doença cardíaca. Desvios dessas recomendações eram considerados heresias e provavelmente resultariam em má-prática.
Não está funcionando!
Essas recomendações não são mais científica ou moralmente defensíveis. A descoberta, alguns anos atrás, de que a inflamação na parede arterial é que é a causa real da doença cardíaca, está lentamente levando à uma mudança de paradigma em como a doença cardíaca e outras aflições crônicas serão tratadas.
As antigas recomendações dietéticas criaram uma epidemia de obesidade e diabetes, cujas consequências fazem qualquer outra praga histórica parecer insignificante em termos de mortalidade, sofrimento humano e impacto econômico.
Apesar do fato de que 25% da população toma medicamentos (estatinas) caros e de que reduzimos o conteúdo de gordura em nossa dieta, mais americanos vão morrer esse ano de doença cardíaca do que nunca.
Estatísticas da Associação Cardíaca Americana mostram que 75 milhões de americanos atualmente sofrem de doença coronariana, 20 milhões tem diabetes e 57 milhões são pré-diabéticos. Essas desordens estão afetando pessoas cada vez mais jovens, em números crescentes a cada ano.
Colocando de maneira simples, sem a inflamação estar presente no corpo, não há como o colesterol se acumular na parede dos vasos sanguíneos e causar doença cardíaca e infartos. Sem inflamação, o colesterol vai se mover livremente através do corpo como a natureza quis. É a inflamação que faz com que o colesterol fique preso.
Inflamação não é complicada - é simplesmente a defesa natural do seu corpo a um invasor tal como bactérias, toxinas ou vírus. O ciclo da inflamação é perfeito em como ele protege o seu corpo desses invasores bacterianos e virais. Entretanto, se nós expusermos o corpo cronicamente aos danos causados por toxinas e comidas que o corpo humano nunca evoluiu para processar, ocorre uma condição chamada inflamação crônica. A inflamação crônica é tão maléfica quanto a inflamação aguda é benéfica.
Qual pessoa consciente iria de boa-vontade expor-se repetidamente a comidas ou outras substâncias que sabidamente causam mal ao corpo? Bem, os fumantes talvez, mas pelo menos eles fizeram essa escolha conscientemente.
O resto de nós simplesmente seguiu a dieta recomendada que é pobre em gordura saturada e rica em gordura poli-insaturada e carboidratos, não sabendo que estávamos causando agressões repetidas aos nossos vasos sanguíneos. Essa agressão constante cria inflamação crônica, levando à doença cardíaca, infartos, diabetes e obesidade.
Deixe-me repetir isso: os danos e a inflamação em nossos vasos sanguíneos são causados pela dieta com pouca gordura, recomendada por anos pela medicina convencional.
Quais são os maiores culpados pela inflamação crônica? Simplesmente, eles são a sobrecarga de carboidratos simples, altamente processados (açúcar, farinha e todos os produtos feitos a partir deles) e do excesso no consumo de ômega-6, presente em óleos vegetais tais como soja, milho e girassol, encontrados em tantas comidas processadas.
Tire um momento para visualizar o esfregar de uma escova dura repetidamente sobre pele macia até que ela fique muito avermelhada e próxima do sangramento. Faça isso diversas vezes ao dia, todo dia por cinco anos. Se puder tolerar a escovação dolorosa, você vai ter um sangramento, uma área inchada e infeccionada que vai ficar pior a cada agressão. Essa é uma boa maneira de visualizar o processo inflamatório que pode estar acontecendo dentro do seu corpo bem agora.
Independente de onde o processo inflamatório ocorre, interna ou externamente, é o mesmo. Eu já olhei dentro de milhares e milhares de artérias. Uma artéria doente aparenta como se alguém pegasse uma escova e esfregasse repetidamente contra sua parede. Diversas vezes por dia, todos os dias, as comidas que comemos criam pequenos ferimentos que se compõem em mais ferimentos, fazendo com que o corpo responda contínua e apropriadamente com inflamação.
Enquanto desfrutamos o sabor delicioso de um rolinho adocicado, nossos corpos respondem alarmantemente como se um invasor tivesse chegado declarando guerra. Comidas carregadas de açúcar e carboidratos simples, ou processadas com ômega-6 para terem longa duração, tem sido a base da dieta americana por 6 décadas. Essas comidas tem lentamente envenenado a todos.
Como é que que comer um rolinho açucarado cria uma cascata de inflamação que te deixa doente?
Imagine derramar melado no seu teclado, e você tem um visual do que ocorre dentro da célula. Quando consumimos carboidratos simples tais como açúcar, a glicose no sangue aumenta rapidamente. Em resposta, o seu pâncreas secreta insulina cujo objetivo primário é direcionar o açúcar às células, onde ele é estocado como energia. Se a célula está cheia e não precisa de glicose, ele é rejeitado para não atrapalhar o funcionamento.
Quando sua célula rejeita a glicose extra, o açúcar no sangue aumenta - produzindo mais insulina e a glicose é convertida e armazenada como gordura.
O que isso tem a ver com inflamação? O açúcar sanguíneo é controlado em uma faixa muito estreita. Moléculas "extra" de açúcar se juntam a uma variedade de proteínas que por sua vez danificam a parede do vaso sanguíneo. Esse ataque repetido dispara a inflamação. Quando você aumenta seu nível de glicose diversas vezes por dia, todo dia, é exatamente como esfregar uma lixa no interior dos seus delicados vasos sanguíneos.
Apesar de você pode não ser capaz de ver, descanse tranquilo sabendo que ele está lá. Eu vi em mais de 5000 pacientes de cirurgia em um intervalo de 25 anos - todos com um denominador comum: inflamação em suas artérias.
Vamos voltar ao rolinho açucarado. Aparente inocente, a guloseima não apenas contém açúcar, mas também é achada em um dos muitos óleos ômega-6 tais como soja. Chips e batatas fritas são embebidos em óleo de soja. Comidas processadas são feitas com ômega-6 para ter mais duração. Apesar de os ômega-6 serem essenciais à vida (são parte de cada membrana controlando o que entra e o que sai da célula) - eles precisam estar em equilíbrio com os ômega-3.
Se o balanço se desequilibra pelo consumo excessivo de ômega-6, a membrana celular produz químicos chamados citocinas, que causam inflamação diretamente.
A dieta americana padrão vem produzindo um desequilíbrio extremo dessas duas gorduras. A proporção do desbalanço vai de 15:1 a 30:1, a favor do ômega-6. Isso é uma quantidade tremenda de citocinas, causando inflamação. No ambiente alimentar moderno, uma proporção de 3:1 seria ótima e saudável.
Para tornar o caso ainda pior, o peso excessivo que você carrega por comer essas comidas cria células de gordura sobrecarregadas, que produzem grandes quantidades de químicos pró-inflamatórios, adicionando à agressão causada pela alta glicemia sanguínea. O processo que começou com um rolinho açucarado torna-se um ciclo vicioso ao longo do tempo, criando doença cardíaca, pressão alta, diabetes e finalmente doença de Alzheimer, à medida que o processo inflamatório segue incontido.
Não há como escapar do fato de que quanto mais consumimos comidas preparadas e processadas, mais acionamos o processo inflamatório pouco a pouco, diariamente. O corpo humano não pode processar, nem evoluiu para consumir comidas cheias de açúcar e encharcadas de óleos ômega-6.
Só há uma resposta para aquietar a inflamação, e é retornar às comidas mais próximas de seu estado natural. Para construir músculos, coma mais proteína. Escolha carboidratos muito complexos tais como frutas coloridas e verduras. Exclua ou diminua os ômega-6 causadores de inflamações, tais como óleos de soja e milho, e as comidas processadas feitas com eles.
Uma colher de sopa de óleo de milho contém 7.280mg de ômega-6; óleo de soja contém 6.940mg. Ao invés, use azeite de oliva ou manteiga de gado alimentado com pasto.
Gorduras animais contém menos de 20% de ômega-6 e são muito menos propensas a causar inflamação do que os supostos óleos poli-insaturados, ditos saudáveis. Esqueça a "ciência" que foi martelada na sua cabeça por décadas. A ciência de que a gordura saturada sozinha causa doença cardíaca, é inexistente. A ciência de que a gordura saturada aumenta o colesterol sanguíneo é também muito fraca. Uma vez que agora sabemos que colesterol não é a causa da doença cardíaca, a preocupação com a gordura saturada é ainda mais absurda atualmente.
A teoria do colesterol levou às recomendações de pouca ou nenhuma gordura, que por sua vez criaram as mesmas comidas que hoje causa a epidemia de inflamação. A medicina convencional cometeu um erro terrível quando aconselhou as pessoas a evitar gordura saturada em favor de comidas ricas em gorduras ômega-6. Nós agora temos uma epidemia de inflamação arterial levando a doença coronariana e outros assassinos silenciosos.
O que você pode fazer é escolher comidas integrais que sua avó servia, e não aquelas que para as quais a sua mãe se voltou quando os corredores dos supermercados se encheram com comidas manufaturadas. Ao eliminar comidas inflamatórias e adicionar nutrientes essenciais de comida fresca, não-processada, você vai reverter anos de danos em suas artérias e no resto do corpo, causados pelo consumo da dieta americana típica.
Dr. Dwight Lundell foi Chefe do Corpo Médico e Chefe de Cirurgia no Hospital de Cardiologia de Banner em Mesa, Arizona. Sua clínica privada, Centro de Cuidado Cardíaco, era também em Mesa. Recentemente, o Dr. Lundell deixou a cirurgia para focar no tratamento nutricional da doença cardíaca. Ele é o criador da Fundação Humanos Saudáveis, que promove saúde humana com foco em ajudar grandes corporações a promover bem-estar. Ele é também o autor de A cura para a doença cardíaca e A grande mentira do colesterol.
02 novembro, 2013
Stress: classificação e tratamentos
“Estou estressado”! Essa é uma das queixas mais ouço todos os dias em minha clínica. Mas como muitas vezes acontece, as pessoas rotulam de stress sintomas como ansiedade, irritabilidade, “nervosismo”, angústia, preocupação entre outros. Por isso pensei em escrever um pouco sobre stress para ajudar a clarear os fatos.
A classificação mais usada atualmente é a que foi criada por Hans Selye em 1936, na qual ele dividia o stress em 3 fases, mas atualmente foi acrescentada mais uma fase. São elas:
1. Fase de Alerta
2. Fase de Resistência
3. Fase de Exaustão
4. "Burn out"
Do ponto de vista orgânico quando falamos de stress estamos falando das suprarrenais, que são pequenas glândulas localizadas sobre os rins e que produzem um hormônio chamado cortisol. A dosagem deste hormônio pode nos auxiliar a identificar em que fase do stress uma pessoa se encontra.
Os sintomas e sinais variam dependendo da fase do stress em que o paciente se encontra e portanto o tratamento também é diferente.
A fase de alerta pode ser considerada como benéfica para a espécie humana, pois é graças a ela que sobrevivemos até hoje. É nesta fase que ocorre a liberação de adrenalina para que enfrentemos determinada situação, nos sentimos energizados e prontos para correr ou lutar, conforme seja melhor para nós. Passado o estimulo que gerou esta reação, nossa fisiologia volta ao normal. Importante frisar que nesta fase tanto o estimulo estressor quanto o tempo que ele dura são curtos. Nesta fase temos elevação da adrenalina e também do cortisol, geralmente esta fase não requer tratamento.
Se os agentes estressores são mais intensos e se apresentam com uma frequência maior no cotidiano destas pessoas nós entramos na fase de resistência. E neste momento os sintomas começam a surgir e os órgãos ou sistemas mais frágeis são os alvos iniciais. Nesta fase as alterações costumam ser mais funcionais do que lesionais como veremos a seguir. Existe uma gama imensa de sinais e sintomas, vou listar apenas os mais comuns.
Dores de cabeça, enxaqueca, insônia, bruxismo, diminuição da concentração e memória, tremores, espasmos musculares, tonturas, zumbidos no ouvido, crises de choro, pés frios, mãos suadas, boca seca, irritabilidade, azia, náuseas, constipação, diarreia, dispneia, pânico, dor no peito, palpitações, diminuição da libido, cansaço constante, fraqueza, fadiga constante, oscilações de humor frequentes, depressão, entre outros. Nesta fase podemos ter já uma elevação mais marcada do cortisol e adrenalina. Aqui a duração do estimulo estressor é prolongada.
Se os agentes estressores continuam agindo por muito tempo vamos entrar na fase 3 ou de exaustão, onde os sintomas e sinais da fase de resistência continuam, mas aqui já podem ocorrer manifestações orgânicas lesionais como: hipertensão arterial, úlceras gastroduodenais, colites, diminuição da imunidade, câncer, psoríase, vitiligo entre outras patologias. Neste momento vamos ter cortisol bastante elevado.
E numa fase mais extrema, mas que já não é tão rara atualmente temos a fase de exaustão total ou “burn out” onde as suprarrenais entram em falência e o cortisol despenca. Nesta fase as forças se esgotam e a pessoas vai se apresentar totalmente prostrada e sem forças para nada, é o fim da linha.
Como tratar? Antes de qualquer ação médica, a pessoa tem de ser conscientizada de que deve alterar seu modo de vida de forma a reduzir ou eliminar agentes estressores quando possível.
Aprender algum tipo de meditação e ou iniciar algum tipo de atividade física vai ajudar muito.
A acupuntura é um excelente recurso para ajudar na recuperação em qualquer fase do stress, infelizmente ainda é pouco procurada para esta finalidade.
Ainda dentro da medicina natural, terapia ortomolecular existem muitas plantas e suplementos que podem ajudar a equilibra os níveis de cortisol praticamente sem efeitos colaterais.
Do meu ponto de vista o mais importante é identificarmos em que fase do stress o paciente se encontra e a partir daí elaborar uma estratégia de tratamento, não resolve só mandar a pessoa relaxar, esta conduta seria como ignorar o problema ao invés de resolve-lo.
Dr. Fabio Pisani
CRM: 43711
Medicina Ortomolecular I Acupuntura Médica I Fitoterapia
R Dr. Vieira Bueno, 142, Cambuí
Campinas, SP, CEP 13024-040
Fones Clínica: 19 3254-4012 e 19 3254-0747
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Disbiose Intestinal I
Não é novidade para ninguém que nas últimas décadas nossos hábitos alimentares mudaram para pior. Estamos consumindo cada vez mais alimentos processados e os alimentos em seu estado natural estão cada vez mais contaminados por antibióticos, hormônios, fertilizantes, agrotóxicos e pesticidas. Isso sem contar o empobrecimento do solo que produz alimentos com concentrações cada vez mais baixas de minerais e outros nutrientes.
O processamento industrial dos alimentos tem nos levado a comer quantidades cada vez maiores de carboidratos refinados, que estão presentes em quase tudo que comemos. Como os alimentos industrializados tem que durar mais tempo nas prateleiras, o número de aditivos presentes neles como os conservantes, acidulantes, flavorizantes e corantes é muito grande. E o pior é que ainda não sabemos ao certo como estes aditivos estão afetando nossa saúde.
O número crescente de substancias estranhas que ingerimos com os alimentos aliado a quantidade absurda de poluentes ambientais que penetram em nosso corpo não só pela boca, mas também pela pele e pela respiração tem levado, do meu ponto de vista, a uma perda da capacidade de absorção adequada ao nível do intestino delgado e uma sobrecarga na função de destoxificação hepática.
Estes dois fatores citados acima tem sido considerados por pesquisadores como os mais importantes na gênese de várias patologias que tinham baixa prevalência há 30 ou 40 anos atrás como obesidade, síndrome do cólon irritável, artrite reumatoide, vários tipos de câncer e algumas patologias ligadas ao sistema nervoso como TDAH (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade), autismo, depressão.
A mucosa intestinal é formada uma única camada de células (diferente da pele que possui várias camadas), que separa a luz intestinal da circulação sanguínea. Esta barreira celular pode ser considerado uma “peneira inteligente”, pois quando está funcionando normalmente consegue separar o que vai ser absorvido e levado até o fígado para metabolização e do que deve ser eliminado.
O processo de digestão, separação e absorção intestinal não poderia existir sem a ajuda da flora intestinal (hoje chamada de microbiota o microbioma intestinal). A microbiota intestinal é composta por bactérias, vírus, fungos e outros micro-organismos benéficos quase que na sua totalidade. O equilíbrio desta flora impede que micro-organismos patogênicos cresçam e provoquem doenças no corpo. O desequilíbrio da flora intestinal é chamado de disbiose intestinal.
Em nosso corpo temos cerca de 10 trilhões de células e 100 trilhões de micro-organismos que habitam em sua maioria na flora intestinal. Apesar do número impressionante, a flora intestinal pesa relativamente pouco, cerca de 2 kg, e a cada evacuação mandamos embora boa parte dela, mas que logo é recomposta.
Quando substancias toxicas chegam ao nosso intestino elas lesam a mucosa aumentam a sua permeabilidade que se torna menos seletiva e com isso permite que grandes moléculas, toxinas, metais pesados e micro-organismos penetrem na circulação sanguínea. Todo esse “lixo” (via sistema porta) vai chegar o fígado, que quase sempre dá conta de se livrar das toxinas. Mas quando isso não acontece nosso sistema imune vai entrar em ação e começam as hipersensibilidades, as intolerâncias e as alergias alimentares e outras doenças ligadas ao sistema imune.
Atualmente estudos indicam que o tratamento da obesidade deve incluir também o tratamento da disbiose intestinal, fazer uma recomposição da microbiota intestinal. Existem várias espécies de micro-organismos no intestino, mas os lactobacilos e as bifidobactérias com suas cepas parecem ter o papel importante no ganho de peso.
A disbiose pode levar ao aumento de peso por vários caminhos, vou apenas cita-los, pois ainda são objeto de estudos.
a. Aumento de absorção de gorduras
b. Alteração da glicemia e dos níveis de insulina
c. Indução de aumento da célula de gordura
Postarei Disbiose Intestinal II em breve.
Dr. Fabio Pisani
CRM: 43711
Medicina Ortomolecular I Acupuntura Médica I Fitoterapia
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Cuidado com a sucralose
Segue um artigo do Dr Sergio Vaisman que é um alerta para quem usa sucralose, principalmente se estiver acima do peso. A minha sugestão de adoçante natural é a Stevia 100% sem adição de outros adoçantes químicos. Eu uso e o sabor é muito bom. No Brasil já temos várias marcas comerciais. Segue o texto:
Um dos mais populares adoçantes artificiais não calóricos largamente utilizado nos tempos de hoje foi considerado como uma completa fraude. Um novo estudo publicado na revista DIABETES CARE revelou que a SUCRALOSE, que comumente se indica como seguro para diabéticos, acaba por promover piora no estado geral daqueles que a consomem.
Pesquisadores da Washington University School of Medicine revelaram esta descoberta apos avaliarem os efeitos metabólicos do consumo da sucralose num pequeno grupo de 17 indivíduos, todos obesos e que não utilizavam outros adoçantes no início da pesquisa. Todos os participantes passaram a usar sucralose antes de se submeterem a exame de sangue para dosagem da tolerância à glicose.
Na conclusão do estudo, verificou-se que os indivíduos que utilizaram sucralose rapidamente demonstraram mudanças na produção de insulina e nos seus níveis sanguíneos dessa substancia. Concluíram também que uma simples dose de sucralose aumenta a concentração de glucose em cerca de 0.6 nanomoles por litro (uma medida que se realize laboratorialmente).Essa mesma dose também aumenta a intolerância à insulina.
Em suma, concluiu-se que esse adoçante aumenta a concentração de glucose no sangue e as respostas orgânicas à insulina em pessoas principalmente obesas.
Além de tudo isso, existe uma inverdade no fato da sucralose ser referida como absolutamente natural. Trata-se de uma substancia sintética, produzida em laboratório, e que contem uma molécula de cloro em seu interior que, quando liberada, compete com o iodo que possuímos no organismo, e tenta alojar-se nos tecidos da tireoide, propiciando quadro de hipotireoidismo. Esta possibilidade é grande e torna o produto potencialmente mais perigoso ainda. Para completar, a sucralose também é implicada na produções de distúrbios gastrointestinais e enxaqueca.
Não devemos nos colocar simplesmente passivos ao ouvirmos anúncios “milagrosos” emitidos pelas industrias que fabricam os adoçantes artificiais. Ainda mais, a sucralose também é implicada na produção de distúrbios gastrointestinais e enxaqueca.
Da mesma forma que o ASPARTAME, largamente usado no mundo inteiro e cientificamente como tóxico, a SUCRALOSE também é responsável por prejudicar a saúde de forma bem evidente. Os obesos, principalmente os diabéticos, devem ficar alertas frente às propagandas enganosas desses produtos.
(maio de 2013)
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