02 novembro, 2013

Stress: classificação e tratamentos

“Estou estressado”! Essa é uma das queixas mais ouço todos os dias em minha clínica. Mas como muitas vezes acontece, as pessoas rotulam de stress sintomas como ansiedade, irritabilidade, “nervosismo”, angústia, preocupação entre outros. Por isso pensei em escrever um pouco sobre stress para ajudar a clarear os fatos. A classificação mais usada atualmente é a que foi criada por Hans Selye em 1936, na qual ele dividia o stress em 3 fases, mas atualmente foi acrescentada mais uma fase. São elas: 1. Fase de Alerta 2. Fase de Resistência 3. Fase de Exaustão 4. "Burn out" Do ponto de vista orgânico quando falamos de stress estamos falando das suprarrenais, que são pequenas glândulas localizadas sobre os rins e que produzem um hormônio chamado cortisol. A dosagem deste hormônio pode nos auxiliar a identificar em que fase do stress uma pessoa se encontra. Os sintomas e sinais variam dependendo da fase do stress em que o paciente se encontra e portanto o tratamento também é diferente. A fase de alerta pode ser considerada como benéfica para a espécie humana, pois é graças a ela que sobrevivemos até hoje. É nesta fase que ocorre a liberação de adrenalina para que enfrentemos determinada situação, nos sentimos energizados e prontos para correr ou lutar, conforme seja melhor para nós. Passado o estimulo que gerou esta reação, nossa fisiologia volta ao normal. Importante frisar que nesta fase tanto o estimulo estressor quanto o tempo que ele dura são curtos. Nesta fase temos elevação da adrenalina e também do cortisol, geralmente esta fase não requer tratamento. Se os agentes estressores são mais intensos e se apresentam com uma frequência maior no cotidiano destas pessoas nós entramos na fase de resistência. E neste momento os sintomas começam a surgir e os órgãos ou sistemas mais frágeis são os alvos iniciais. Nesta fase as alterações costumam ser mais funcionais do que lesionais como veremos a seguir. Existe uma gama imensa de sinais e sintomas, vou listar apenas os mais comuns. Dores de cabeça, enxaqueca, insônia, bruxismo, diminuição da concentração e memória, tremores, espasmos musculares, tonturas, zumbidos no ouvido, crises de choro, pés frios, mãos suadas, boca seca, irritabilidade, azia, náuseas, constipação, diarreia, dispneia, pânico, dor no peito, palpitações, diminuição da libido, cansaço constante, fraqueza, fadiga constante, oscilações de humor frequentes, depressão, entre outros. Nesta fase podemos ter já uma elevação mais marcada do cortisol e adrenalina. Aqui a duração do estimulo estressor é prolongada. Se os agentes estressores continuam agindo por muito tempo vamos entrar na fase 3 ou de exaustão, onde os sintomas e sinais da fase de resistência continuam, mas aqui já podem ocorrer manifestações orgânicas lesionais como: hipertensão arterial, úlceras gastroduodenais, colites, diminuição da imunidade, câncer, psoríase, vitiligo entre outras patologias. Neste momento vamos ter cortisol bastante elevado. E numa fase mais extrema, mas que já não é tão rara atualmente temos a fase de exaustão total ou “burn out” onde as suprarrenais entram em falência e o cortisol despenca. Nesta fase as forças se esgotam e a pessoas vai se apresentar totalmente prostrada e sem forças para nada, é o fim da linha. Como tratar? Antes de qualquer ação médica, a pessoa tem de ser conscientizada de que deve alterar seu modo de vida de forma a reduzir ou eliminar agentes estressores quando possível. Aprender algum tipo de meditação e ou iniciar algum tipo de atividade física vai ajudar muito. A acupuntura é um excelente recurso para ajudar na recuperação em qualquer fase do stress, infelizmente ainda é pouco procurada para esta finalidade. Ainda dentro da medicina natural, terapia ortomolecular existem muitas plantas e suplementos que podem ajudar a equilibra os níveis de cortisol praticamente sem efeitos colaterais. Do meu ponto de vista o mais importante é identificarmos em que fase do stress o paciente se encontra e a partir daí elaborar uma estratégia de tratamento, não resolve só mandar a pessoa relaxar, esta conduta seria como ignorar o problema ao invés de resolve-lo. Dr. Fabio Pisani CRM: 43711 Medicina Ortomolecular I Acupuntura Médica I Fitoterapia R Dr. Vieira Bueno, 142, Cambuí Campinas, SP, CEP 13024-040 Fones Clínica: 19 3254-4012 e 19 3254-0747 Emails: drfabiopisani@hotmail.com I fpisani@uol.com.br I pisani.fabio@gmail.com Site: www.fabiopisani.med.br

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